Muito bem, queridos leitores! Desta vez, eu vos convido a
uma observação, em especial, no que se refere a um tipo de personalidade muito
comum entre nós, em nossas relações familiares, de trabalho, estudos, lazer e
outras mais.
Quem não conhece a antiga expressão popular?
“Lobo em pele de cordeiro”: essa expressão indica uma
personalidade que esconde sua verdadeira essência, sob uma falsa aparência,
principalmente a nível comportamental.
Essa personalidade se infiltra em meio a grupos de todos os
tipos e consegue temporariamente enganar aos demais com seu discurso, sua
proposta, seus comportamentos quase convincentes, devido a sua atuação teatral
muito bem elaborada.
Porém, o lobo não consegue sustentar por muito tempo o
comportamento do cordeiro.
Ele crê que o cordeiro é fraco, ele acredita em sua
inteligência e superioridade predadora, ele despreza os demais. Tem o ego
inflado, não consegue desenvolver empatia, sensibilidade.
Desta forma, após algum tempo, ele deixa cair a pele do
cordeiro, que o incomoda tanto, e logo seus dentes ficam à mostra: a revelação
torna-se inevitável.
O cordeiro, por sua vez, não possui essa capacidade teatral.
Ele não pode vestir a pele do lobo, ele não quer, não precisa e não consegue
encenar, porque ele é o que é em essência, portanto, é por um tempo, ainda que
breve, uma vítima desse lobo.
Essas “pessoas lobo” estão em todos os lugares. Elas
sentem-se atraídas pelo desafio de provar a si mesmas seus pseudo domínios
sobre os outros.
Conviver com elas é inevitável, e exige um cuidado especial
que basicamente se resume em impor limites em seus comportamentos abusivos,
antissociais, antiéticos e ser firme em não permitir suas reincidências, pois
somente uma atitude firme e decidida é necessária para fazer com que se revelem
e sejam impedidos em seus obscuros objetivos.
Essas pessoas precisam de ajuda, estão doentes, com
problemas sérios e devem ser ajudadas, porém, ajudá-las não é lhes conceder
espaço e permissão para que continuem com seus comportamentos negativos, mas,
com firmeza, fazê-las se revelarem, principalmente a si mesmas, para que,
encontrando-se consigo mesmas, possam se corrigir.
Entretanto, essas pessoas têm grande dificuldade em
desenvolver humildade. Sim, humildade de reconhecer seus erros, de pedir ajuda
e tentar se redimir.
Se vocês conhecem alguém assim, ajudem essa pessoa, apenas
demonstrando que ter compaixão pelo outro não é sinal de fraqueza, mas de
força; porque é com uma atitude firme e decidida que se deve fazer prevalecer o
bem, o respeito, a igualdade, a solidariedade e a fraternidade entre os seres
humanos.
Sejam felizes, sejam firmes e decididos em fazer prevalecer
a liberdade acima de qualquer domínio de uns sobre os outros, para que o
respeito ao ser humano seja a regra, não a exceção.
TEXTO DE: João Luiz Spósito

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