Sem os movimentos sociais, que tem como principal objetivo fortalecer a voz da democracia, na luta por mudanças em prol de uma sociedade mais justa, a gente tá lascado, literalmente.
Então, quando vejo um cidadão comum, pobre, como eu, falar contra os gritos sociais, esbravejar contra a própria classe quase sempre sem vez e sem voz, na minha concepção, é como se uma parte de mim, estivesse contra os meus sonhos de melhorias que sonhei não só para minha pessoa e para minha família, mas para todos aqueles que como eu, não foram premiados pelos privilégios egocentristas de uma pátria desigual desde a sua infância
Pareço ser revoltado, mas nao sou. Sou contra o ódio. Sou contra as agressões verbais, físicas e psicológicas, muito embora, esse sistema opressor sufoque tão tanto, que as vezes até eu mesmo me descuido e me transformo também, de certa forma, num agressor. Não por desejo de maldade e nem pelo prazer de errar, simplesmente por consequência das frustrações, fruto das decepções, causadas pelas mentiras levianas e premeditadas, dos que para se tornarem poderosos, estudam e tramam ardilosamente dias, meses e anos, só para nos usar como escada, objetivando com isso e tão somente, a chegada ao poder.
E o que é mais revoltante, é vê-los chegar lá através de nós, até porque, sem a gente eles lá não chegariam, e perceber que depois que lá estão, os interesses prioritários são os deles e dos amigos mais próximos. E que nunca serão os nossos, seus legítimos ajudadores.
Por isso meus amigos, são fundamentais os movimentos em massa, bem como, os pés que ultrapassam as barreiras impostas por esse sistema cruel e egoísta que privilegia alguns e destroe os sonhos da maioria. Não podemos jamais deixar de caminharmos unidos nessa estrada, porque do contrário, nossa fraca voz, irmãos, definitivamente deixará de ser ouvida .
Viva a união, viva a democracia!
Geraldo Silva
Radialista
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