Confesso que não entendo essa necessidade absurda de “ter
alguém a qualquer custo” que algumas pessoas possuem, mas vamos conversar um
pouquinho sobre amor-próprio, bom senso e vergonha na cara.
O dia dos namorados está chegando e as piadinhas, cobranças e
comentários no estilo “vai ficar para titia” também. Confesso que não entendo
essa necessidade absurda em “ter alguém a qualquer custo” que algumas pessoas
possuem, mas vamos conversar um pouquinho sobre amor próprio, bom senso e
vergonha na cara.
Para começo de conversa é bom entendermos que “estar só” é
apenas um estado e não um decreto. Ninguém nasce condenado a ficar sozinho para
o resto da vida e a prova disso são os romances que vivemos ao longo dela
(indiferente da duração dos mesmos).
O problema é que há um grande preconceito em relação à
independência emocional e à solitude. Estar só e feliz é quase uma afronta à
sociedade e, por essa razão, as pessoas buscam a todo custo um parceiro de
vida.
Falamos tanto em valorizar a autonomia, a liberdade pessoal,
a inteligência emocional e o autocontrole, mas ao primeiro sinal de solidão nos
desesperamos e entramos em depressão.
Precisamos aprender a selecionar nossos relacionamentos com
mais sensibilidade e entender que estar com alguém que não compartilha dos
mesmos sonhos, que não se envolve emocionalmente e que não quer um compromisso
sério é o mesmo que estar só (mas no pior sentido da palavra).
Quando somos capazes de entender que ficar só não é
vergonhoso, não é ruim e não faz mal, começamos a dar valor na própria
companhia e na própria história e enxergamos que estar nesse estado, às vezes,
é um grande privilégio.
A nível de amadurecimento emocional, todos deveriam passar
por um momento de solidão para se conhecerem e se (re)descobrirem, visto que
são nesses momentos que o indivíduo entende que o equilíbrio emocional e a paz
de espírito começam de dentro para fora e não a partir do outro.
Por isso, valorize mais os momentos em que você tem a
oportunidade de se (re)descobrir.
Avalie seus desejos, refaça sua lista de sonhos e tire os
projetos do papel. A vida é muito mais interessante quando alguém nos acompanha
por opção e não por comodismo.
TEXTO DE: Pamela Camocardi
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