Duas mulheres foram autuadas por tentar burlar a lei e forjar uma adoção no município de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Segundo a investigação policial, uma comerciante de 36 anos ofereceu casa e comida para uma moradora de rua de 38 anos, que estava grávida, em troca de assumir a maternidade da criança. O caso foi divulgado quinta-feira, em coletiva de imprensa no Departamento de Proteção à Criança e ao Adolescente, no Recife.
De acordo com a delegada titular da Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente de Prazeres, Vilaneida Aguiar, a moradora de rua ingressou em um hospital particular do bairro de Prazeres no último dia 4. Durante a entrada, a mulher apresentou um documento, sem foto, da comerciante. “Elas esperavam que o DNV [Declaração do Nascido Vivo] da criança já saísse no nome da comerciante”, apontou a delegada. Os funcionários da unidade de saúde desconfiaram da situação quando, após o nascimento, a mãe não soube soletrar o nome inscrito no documento e acionaram a polícia.
Ainda de acordo com as investigações, a mãe seria usuária de crack e começou a receber a assistência da comerciante durante a gestação. As mulheres foram levadas para a DPCA de Prazeres e, após passarem por uma audiência de custódia, foram liberadas. Mais tarde, elas voltaram ao hospital em busca do recém-nascido. A entrada de ambas na unidade de saúde foi proibida e o Ministério Público de Pernambuco e o Conselho Tutelar do município foram acionados.
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