O vandalismo praticado por um deputado bolsonarista contra um quadro sobre genocídio negro exposto na Câmara dos Deputados provocou um firme protesto do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), que criticou duramente o ato e defendeu um Brasil mais justo e inclusivo. Em homenagem ao Dia da Consciência Negra, o senador cobrou do governo Bolsonaro o fim do preconceito e do desmonte das políticas afirmativas no país.
Humberto lembrou que, apesar de 54% da população ser negra, os negros são minoria em direitos. "A festa do 13 de maio, quando houve a abolição da escravatura, sucedeu-se à miséria do dia 14, que dura até hoje em preconceito, discriminação e exclusão dos negros brasileiros. Joaquim Nabuco dizia que a escravidão viveria por muito tempo na memória nacional. E ela se repete todo dia", afirmou o líder do PT.
Segundo o senador, no primeiro dia de governo como presidente, Lula criou a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial para fomentar, por meio de instituições e políticas públicas, uma série de programas de inclusão social dos negros. Tudo vem sendo desmontado desde a saída de Dilma Rousseff da Presidência da República, em 2016.
"Temos hoje um presidente nitidamente preconceituoso, que usa os negros como objeto de suas piadas e políticas racistas. Agora mesmo, estamos diante do maior corte do Bolsa Família dos últimos dois anos. Mais de 1 milhão de excluídos. E quem serão os mais vitimados? Seguramente, os negros, que estão na base da nossa sociedade", afirmou.
Para o líder do PT, este 20 de novembro, data da morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares, é um dia para celebrar a consciência negra e, principalmente, integrar a luta por um Brasil sem preconceito e discriminação. "O Brasil é um país de todos, mas isso só virará efetiva realidade no dia em que todas as parcelas da população estiverem refletidas proporcionalmente em todas os espaços políticos da nossa sociedade", concluiu.
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